segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

escritos...

... desde que me separei tenho escrito algumas coisa. Hoje menos, é verdade. Nunca publiquei nada. Mas, diante dos fatos da última semana, decidi abrir aqui alguns dos meus pensamentos mais íntimos. Pq? Não sei. Talvez eu espere por algum sinal. Provavelmente sim. Lá vai o texto sobre mudança.

Mudança

Palavra pequena e difícil. Mudar é sempre doloroso. É preciso deixar sempre algo ou alguém que gostamos. Um emprego, uma casa, um amor. Mesmo quando sabemos que a mudança é pra melhor, não adianta, ela vai doer. De alguma forma estamos presos ao passado, à certa ou incerta segurança que ele nos traz. Muitos dizem que mudar é bom. Será mesmo? Não vejo problema na rotina, no dia-a-dia. Gosto até de saber o que vou fazer à noite, de passar tardes no sofá vendo tv, não me importo.

Estou num período de grandes mudanças. Mudei de casa e compulsoriamente tenho que mudar de amor. Meu amor não me quer mais, me trocou, como se eu fosse uma roupa, um sapato, um carro ou qq outro bem material. Ele achou outra que lhe cabe melhor, que lhe faz mais feliz diante dos fatos, não me resta outra coisa a fazer, a não ser mudar. É a única opção que tenho. De casa já troquei, falta agora deixar o coração vazio pra que outra pessoa possa entrar e tomar posse. Na verdade este é o termo, tomar posse.


Quero alguém que se aposse do meu coração, que entre sem eu ter de pedir, que entre de uma só vez e me domine de modo que eu só perceba que isso aconteceu qdo já for irreversível. O que fazer até lá? Não sei, digo a todos que estou tocando a minha vida. No fundo, acho mesmo que estou fazendo isso, é a única opção que tenho. Eu até teria outras opções como lutar pelo amor do meu amor de volta, me matar, surtar e inúmeras outras, mas não tenho perfil pra nenhuma delas. Prefiro desistir do amor, a desistir da vida. Vou levando, um dia de cada vez, limpando um pouco das lágrimas todos os dias e fazendo de conta para todos que estou melhorando.

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