segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Palhaçada !!


Longe de mim usar este espaço para promover algo que não presta. Vou sim fazer publicidade, mas é em benefício dos poucos leitores que tenho. No começo do ano fiz uma oficina de palhaço e é exatamente isso que recomendo a todos. Calma, ninguém vai aprender a dar cambalhotas. O curso é uma grande viagem emocional, interna. Ri muito no primeiro dia e chorei o dobro no segundo. Se faria de novo? Sim, se pudesse. Conheci gente interessante, pude compartilhar dos problemas alheios e tb os meus. Leia, pense e decida:



"O coração do palhaço é uma flor e o palhaço nasceu para doar essa flor para o mundo"


A oficina não aborda o palhaço a partir da perspectiva do circo ou do teatro e sim sobre a sua condição de arquétipo de humanidade. O arquétipo do palhaço encerra a luta entre “Autoridade e Rebeldia”, pois desde que o homem passa a viver em sociedade, vive o eterno conflito entre “Ser quem realmente se é ou aquilo que querem que você seja”, por isso a maior expressão dessa arte está nas duplas: O Gordo e o Magro, Dedé e Didi, Jerry Lewis e Dean Martin, etc. Sempre um idiota e um sério (não menos idiota).

Marcio Libar considera o palhaço sob o signo do perdedor, daquele que perdeu para o sistema. O nariz do palhaço é vermelho, porque com o tempo de choro, álcool e quedas de cara no chão o nariz fica vermelho. Suas calças e sapatos são grandes porque não lhe pertenciam.

O palhaço é aquele que perdeu a dignidade, porém, só quem a perdeu totalmente é que pode atingir uma outra condição de dignidade. Esta só emerge a partir da aceitação de sua condição de perdedor sem mágoas ou ressentimentos, sem autopiedade e sem culpar ninguém pelo seu fracasso. Ele se supera quando ri de si mesmo.

O riso sobre o palhaço, não é o riso da chacota ou do deboche, o riso nesse caso, é a aceitação publica.


A oficina se propõe a colocar o indivíduo em contato com suas perdas, a fazer com que ele entenda que é de fato um idiota e precisa aceitar essa condição em si, rir disso e oferecer esse ridículo generosamente ao mundo.

O palhaço é “o idiota” e é feliz nesse mundo justamente por ser “o idiota”, por não fazer parte do mundo dos que se arrogam a ser mais inteligentes e espertos que os outros. É um processo bastante divertido e em certa medida difícil, pois o primeiro contato com nossas fragilidades e fraquezas é de fato doloroso, até que você as aceite, pois como diz o velho ditado “Ri melhor, quem ri de si”.


DATAS: dias 29 e 30 de setembro de 2007 (sábado e domingo)

HORÁRIOS: das 09:00 as 18:00horas

CARGA HORÁRIA: 16 horas

INVESTIMENTO: R$ 400

LOCAL: Fundição Progresso - Espaço Teatro de Anônimo Rua dos Arcos, 24 Lapa - RJ MINISTRANTE: Márcio Libar - Projeto Mundo ao Contrário

CONTATO: (21) 8871-7779 com Ivana

2 comentários:

iulo disse...

400 reais... hoje em dia eu vejo valores e sempre penso no percentual que isso representa no preço de um computador. preciso parar com isso.

Renata Victal disse...

Sim, é caro. Mas vale por muitas sessões de terapia. Acredite.