segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Trem do Samba

Sim, ontem, em pleno domingão, embarquei no Trem do Samba com umas amigas. Nos divertimos muitos e as fotos que colocarei mais tarde no Orkut são prova disso. Tudo começou na Central do Brasil, quando tentamos trocar quilos de arroz por ingressos, como foi divulgado pela imprensa, inclusive por mim. O problema é que os ingressos para troca por alimento acabaram e uma multidão ficou com seu quilo na mão.

O que tinha de gente tacando arroz nos funcionários da supervia... nem te conto. Como sou mais classuda, joguei meus dois quilos, e os quilos das minhas amigas, no chão, num cantinho. E seguimos para a bilheteria. Sim, não tinha ingresso pra trocar, mas tinha pra comprar. Como a gente já estava ali...

Bem, saímos da Central do Brasil e fomos até Oswaldo Cruz. A parte do trem foi ótima, cantamos, sambamos, mas lá... sério, apenas 0,005% das pessoas eram bonitas. Fiquei chocada. Claro que eu sabia que iria encontrar de tudo, mas foi um choque. Passei o dia na Lagoa, acho que uma coisa deve estar relacionada à outra.

Eu e minha amiga Rose listamos alguns disparates. O primeiro deles é que a gente não estava usando Kolene no cabelo. Outro, eu estava de sapatilha dourada, completamente por fora do vestuário da massa. A gente também conjugava os verbos de forma correta. Numa tentativa de adequação, lá pelas tantas a gente começou a falar errado.

Mas, melhor que a ida, foi a volta. Diversão em dobro. Queríamos pegar o trem às 22h, mas o próximo só partiria às 23h. Desesperadas, entramos em um ônibus, lotado, diga-se de passagem, e saltamos no Engenho da Rainha para pegar o metrô e tentar chegar em Botafogo. Este trajeto foi impagável. Fizemos várias amizades no buzum. A começar por Marelene. Sim, uma das passageiras se chamava Marelene e a amiga dela, que estava longe, ficava berrando: "O Marelene isso, Marelene aquilo".

Ingrid, minha amiga mais povão, logo fez amizade com a amiga de Marelene. Foi ela aliás, esta amiga que disse que era melhor saltarmos no Engenho da Rainha que em Inhaúma. Por telefone, Ingrid descobriu que estava rolando bang bang em Ramos. Logo, a amiga de Marelene espalhou pelo ônibus "Tá tendo tiroteio em Ramos, quem vai pra lá?". Ela ía, claro.

Qdo o ônibus ficou bem mais cheio e alguém amassou a barriga da amiga de Marelene contra o ferro de um dos bancos ela ameaçou "Se apertar mais eu peido " E em seguida disse: "Peidei, eu avisei que ía acontecer isso". Sorte a minha que estava sentada ao lado da janela e coloquei o carão pra fora. Eu ría muito, nem preciso dizer pq né.

Pois bem, já no metrô, fizemos amizade com um michê. Sim, o cara, ou melhor, a bicha, fazia programa. Adorou meu cabelo e ficou horas fazendo carinho no meu rabo de cavalo. Claro que tiramos muitas fotos com Fábio, que a gente chamava carinhosamente de Nicole, por vezes Nic.

Quando o metrô parou na Cinelândia, ele me contou "Já fiz muitos programas aqui. Vc sabe né, este é o mlehor lugar para se fazer michê". Pano quente, nem quis saber os detalhes. Aliás, eu mal falava, só ouvia. Ele queria a todo custo que a gente fosse beber com ele no Largo do Machado. Na boooooaaaa, nem precisa dizer que não fomos né.

Cheguei em casa às 23h, cansada, com os pés feridos, mas com a certeza de que este foi o melhor evento do ano.

Um comentário:

Cabeça disse...

Como assim vc foi no trem do samba e não falou com a gente? Partimos em grupo e fomos pra portelinha, não a da novela. Onde tinha um pessoal mais bonito. Pelo menos a Puc inteira estava por ali (num sei se isso é bom ou ruim). Bom mesmo é que lá a cerva era R$2 o latão, além de ter a sede da velha guarda da portela.
Vale dizer que voltei completamente bêbado, dormindo no trem de meia-noite. Lotado, cantando e sambando!
Faltou vc
bjos