sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Dois meses... lá se foram dois meses. Nem vi.
Passou rápido, é verdade, mas não foi indolor.
O que o tempo trouxe?
Gostaria de dizer que foi serenidade, mas não posso mentir.
O tempo trouxe angústia:
A angústia da dúvida
A angústia do que poderia ter sido, mas não foi
A angustia pelo nada... pelo tudo
Gostaria de desejar não sonhar mais... jamais
Quem sabe assim seria mais feliz
Mas não dá, eu sei
É preciso encarar os fatos, os malfadados fatos
Encarar o amadurecimento, mesmo que seja a fórceps
Porque o fato é que não dava mais
Pra nenhum dos dois
Nem pra mim, nem pra ele
Fomos ao limite
Ou melhor, ultrapassamos o limite
Vivemos o incompreensível
O sempre contestado. Por todos
Vivemos de forma intensa uma paixão segura
Segura, mas apenas dentro do ninho
Nas quatro paredes
Longe de tudo
Longe do mundo
Vivemos... vivemos.... na redoma do meu quarto
Mas vivemos...

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