sábado, 23 de agosto de 2008

Hora de ir ao mercado...

Dinâmica. Sim, hoje o que não me deixa fechar os olhos é o pensamento sobre a dinâmica da vida.Meu dia poderia ser a síntese de um ano inteiro.

Foram muitas as emoções: raiva, descontentamento, surpresa, felicidade, tranquilidade, cumplicidade, fúria, prazer. Tudo isso e em apenas 24 horas. Como é possível?
Foram também muitos os pensamentos, muitas análises, muitas histórias.
O que fazer em cada situação? Calar? Falar? Ceder?

Mais uma vez penso sobre o tempo e sua elasticidade.
Quando criança achava que aos 25 já seria uma mulher formada, casada, com filhos e casa própria. Ledo engano...
Com o 31 batendo à porta percebo, mais uma vez, o quanto foram inúteis todos estes sonhos...

O quanto somos inocentes... O quanto é impossível planejar a vida... Planos jogados fora. Rasgados em mil pedaços e espalhados ao ar, do alto de uma torre. Pedaços que não se juntarão mais. Nunca mais. Laços desfeitos. Laços refeitos

É hora de comprar novos sonhos... Isso. A idéia é mesmo ir a um supermercado e passear entre seus corredores. Olhar, com atenção redobrada, cada embalagem. Mas ler as letras pequenas antes de colocar no carrinho. Conferir se o preço do código de barras é o mesmo que o anunciado.

Claro que isso não é nenhuma garantia de que o produto não fará mal, que não causará dores de cabeça, dores de barriga... O sabor também pode não agradar muito. Mas ok, é preciso levar um produto novo para casa. Experimentar. Sempre.

Até que chegará o dia em que ir ao mercado não se fará mais necessário. Terei ali, nas mãos, o produto perfeito, aquele mesmo semi-pronto, mas que, com o tempo, o meu tempo, ficou do jeitinho que gosto. Perfeito. Saboroso. E do tipo que a gente nunca enjoa de comer.

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