sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Minha noite como pião...

Ontem tive uma noite como pião. Não daqueles de rodeio (peão), mas de jogar no chão e ver rodar mesmo, do tipo de madeira, bem artesanal... Não to brincando, quem viu sabe bem sobre o que falo.

Saí do jornal com uma amiga, passei no Flamengo e reboquei outra. Seguimos brutas para o Centro Cultural Carioca, no Centro, para assistir ao show de Teresa Cristina e Grupo Semente. Chegamos lá às 22h30. Estava tudo perfeito. Bem, quase. As três estavam famintas e não havia sequer uma mesa. Estava lotado. Ficamos de pé.

Sem poder comer, bebemos, claro. Parti logo pra minha caipivodka de limão. As outras, preferiram a cervejinha. Música vai, música vem... decidi fazer uma foto do trio. Eis que um cara, o primeiro da noite, se aproxima e se oferece, de forma gentil, a nos fotografar. Até aí, ok.

Mas o cara tava bem saidinho. Queria fazer uma foto nossa no celular dele. Não deixamos, claro. E, mesmo assim, ele ficou (ou melhor, tentou) na nossa rodinha. Meia hora depois, quando ninguém conversava mais com ele, o cara se tocou e seguiu seu caminho.

Depois, percebemos um coroa, com uma pinta de gringo. Alto, com pele alva e olhos bem azuis. Ele tinha um chapéu na cabeça e um gingado de tirar o fôlego quem o observava.

Uma das minhas amigas achava que ele era brasileiro, apesar de toda pinta belga do coroa. Já podem imaginar né, quando ele passou por nós, disparei: "posso fazer uma pergunta? Você é brasileiro?"

O coroa riu e respondeu de forma gentil que sim. Além de carioca, o cara é passista da Mangueira há 35 anos. Daí tamanho gingado. Ele ficou muiiiiiito interessado na minha amiga. Coitado, não sacou que não teria nenhuma chance. Mas, ok, pela simpatia do moço, ele ganhou uma dança. Aliás, várias pq ele é bom de samba e ela não é boba nem nada.

Depois que os moçoilos do salão perceberam que eu e minhas amigas eram do babado, começaram a nos tirar pra dançar... daí virei um peão. Sério, um cara de nome impronunciável, que já fez todos os módulos de dança do Carlinhos de Jesus, deu uma verdadeira aula pra mim e minhas amigas.

Acredite, mesmo depois de o show ter acabado, continuamos dançando. E aí foi de um tudo, dancei até forró. O cara me rodava pelo salão, já vazio, e algumas pessoas nas mesas observavam. Foium show. Na certa achavam que eu e ele éramos um daqueles pares que frequentam este tipo de baile só para se exibir.

Sério, em determinado momento cheguei a ficar tonta. Sorte a dele que só tinha bebido uma caipirinha. A noite, como podem perceber, foi ótima. Tudo o que eu precisava era de um cara que me rodasse tanto que me levasse a outra dimensão... Amei. Hoje, tem mais..

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