segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A teoria dos vazios

Hoje recebi da minha acupunturista um texto que fala sobre a Teoria dos Vazios. Segundo o texto um vazio é qualquer parte de nós que ficou perdida, uma parte de nós da qual perdemos a consciência. Seria então a ausência de certa parte de nossa essência. Complicado, não?

Pois bem, o texto dá alguns exemplos. Um deles é sobre relacionamentos. Diz que quanto mais profundo é o relacionamento que temos com alguém, mais preenchemos nossos vazios com a qualidade desta outra pessoa. A gente passa então a se sentir valorizado porque a outra pessoa tem apreço por nós, mas, na verdade, é esta outra pessoa que tem este valor. Continua complicado né?

O texto é mesmo confuso. Diz ainda que qdo estamos com esta pessoa nos sentimos plenos (bem, isso já aconteceu comigo) e daí, se perdemos esta pessoa por morte ou se o relacionamento termina a gente não sente que perdeu a pessoa, mas sentimos como se tivéssemos perdidos nós mesmos (isso tb já aconteceu comigo e é horrível). Daí vem novamente o vazio.

Como resolver este problema? Certamente não é com outra pessoa tapando este buraco, mas com auto-estima. É o velho papo de que se a gent enão se ama, ninguém o faz. Enquanto isso não acontece, o caminho é conhecer melhor nossos vazios e aprender a conviver com eles. É exatamente o que busco na terapia.

Em alguns meses de tratamento descobri coisas do arco da velha, que me acompanharam nos últimos 30 anos e eu nem me dava conta. Acho que este é o caminho para tapar estes buracos ou, ao menos, saber como lidar com tantas perdas, frustações, decepções.

Ainda no texto fica claro que quando passamos por uma separação a gente tem a possibilidade de ver que aquilo que nos preenchia não era nosso. Quando não escondemos a mágoa e a dor da perda, sem encobrí-las mesmo, a gente consegue revelar a perda e descobrir a origem, eliminando o vazio com mais sucesso. Este processo é, sem dúvida, doloroso porque lidamos com a perda de auto-estima.

Mas precisamos ter em mente que qualquer perda profunda, diz o texto, é uma oportunidade que temos para crescer. E tenho que concordar com isso. Caramba, aprendi muto sobre mim, sobre as pessoas, no último ano. Como se fosse cega e passasse a enxergar.

Tenho percebido que muita gente, mais do poderia imaginar, fica fugindo, evitando, de forma alucinada, viver qualquer tipo de perda. Já me vi nesta situação. Hoje encaro meus vazios, pelo menos acho que faço isso rs.

O texto enumera ainda algumas emoções. Tristeza, mágoa, inveja, raiva, ódio e medo seria expressões, reações, ao vazio. Sem vazio não temos estas emoções. Como já senti todas.... sei que tenho muitos vazios, vastos vazios

A sociedade, diz o texto, é organizada para que as pessoas preencham os vazios das outras. Isso alimentaria uma falsa personalidade. Profundo, não? Bem, o texto é longo fala até sobre pseudo-sentimentos, mas vou poupar meus leitores de toda esta teoria. Deu pra entender alguma coisa? Se identificou?

Um comentário:

Unknown disse...

Olá!!

Adorei o texto!! Me deu muitos insight!!
Gostaria de saber se você ainda possui o link da matéria original... Não consegui achar!

Muito Obrigada pelo texto!
Laila :)