quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Platão e o amor

Esta semana começei a reler O Banquete, de Platão. O mais interessante até agora é que estou com um olhar bem diferente sobre tudo o que lá está escrito. Os 10 anos de distanciamento da primeira leitura parece que fizeram surtir algum efeito.

Para Platão, e tenho que concordar com ele, existem vários níveis de realidade. Não apenas o que é visível, mas, principalmente o que é invisível.

O livro, para quem não leu, reúne sete peças, são discursos de elogios ao Amor. Os vários discursos se ressentem na dificuldade: ou não mostram a face do amor ou não revelam a da virtude.

Em seu discurso, Sócrates defende que se eros é eros da beleza, ele não pode ser belo porque se ele é eros da beleza é porque ele não tem a beleza ou tem medo de perdê-la.

Parece confuso, mas não é. O princípio é que Amor (Eros) é eros de algo. O algo de que eros é eros, é porque ele deseja e desejar é incompatível com possuir. Quem deseja, não possui.

Desejo sempre é falta, defende Sócrates, que defende ainda que o amor é um tipo de delírio.

2 comentários:

Anônimo disse...

Lï um artigo escrito por Platão que dizia assim:
"Amar,é dar algo que nao temos para alguem que nao quer receber."

Eu entendí da seguinte forma....
"Quem ama,esta sempre tentando mostrar mais do que realmente sente e a pessoa a quem damos esse(falso)sentimento,percebendo isso,nao consegue acompanhar.
Bem,foi dessa forma que eu enterpretei...preciso de ajuda para entender melhor o artigo citado...Obrigado!!!

a_rosa disse...

prazer, Renata. Eu sou a Thamiris.

Acabei de fazer o download do Banquete e espero me deliciar com ele! Depois, então, voltarei ao seu blog para um comentário a respeito! ^^