Esta semana começei a reler O Banquete, de Platão. O mais interessante até agora é que estou com um olhar bem diferente sobre tudo o que lá está escrito. Os 10 anos de distanciamento da primeira leitura parece que fizeram surtir algum efeito.
Para Platão, e tenho que concordar com ele, existem vários níveis de realidade. Não apenas o que é visível, mas, principalmente o que é invisível.
O livro, para quem não leu, reúne sete peças, são discursos de elogios ao Amor. Os vários discursos se ressentem na dificuldade: ou não mostram a face do amor ou não revelam a da virtude.
Em seu discurso, Sócrates defende que se eros é eros da beleza, ele não pode ser belo porque se ele é eros da beleza é porque ele não tem a beleza ou tem medo de perdê-la.
Parece confuso, mas não é. O princípio é que Amor (Eros) é eros de algo. O algo de que eros é eros, é porque ele deseja e desejar é incompatível com possuir. Quem deseja, não possui.
Desejo sempre é falta, defende Sócrates, que defende ainda que o amor é um tipo de delírio.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
Lï um artigo escrito por Platão que dizia assim:
"Amar,é dar algo que nao temos para alguem que nao quer receber."
Eu entendí da seguinte forma....
"Quem ama,esta sempre tentando mostrar mais do que realmente sente e a pessoa a quem damos esse(falso)sentimento,percebendo isso,nao consegue acompanhar.
Bem,foi dessa forma que eu enterpretei...preciso de ajuda para entender melhor o artigo citado...Obrigado!!!
prazer, Renata. Eu sou a Thamiris.
Acabei de fazer o download do Banquete e espero me deliciar com ele! Depois, então, voltarei ao seu blog para um comentário a respeito! ^^
Postar um comentário